Há pessoas que se aproximam pela mais forte das diferenças, pessoas que se perdem pela mais simples das desavenças.
Há tantas outras que se juntam pela mais pequena casualidade e tantas mais as que se afastam, devido a uma perigosa compatibilidade.
Não me restam dúvidas: é nas alturas mais determinantes da nossa vida que reencontramos amigos verdadeiros e compreendemos a verdade de tantos amigos. O pelo menos deverá ser assim a quem o saiba intuir. Até lá, existirão muitos a julgar que tudo sabem sobre a amizade e depois de lá, muitos mais serão sem que dela algo saibam. Na vida de cada um de nós, os "momentos determinantes" terão significados distintos e saber isso não me ajuda a ter um padrão de amizade mais alargado. Permite-me antes discernir que um amigo não é aquele que se encontra sempre por perto,que sabe cada detalhe da nossa vida ou que constantemente nos dá o conselho de que o tempo cura tudo..
Na minha perspectiva, é aquele que sabe estar ausênte e sabe estar presente. Aquele que mesmo afastado, desleixado e desajeitado, conhece bem aqueles que para nós são os tais "momentos determinantes". Através disso, faz uso do seu "saber" para colaborar na libertação da nossa angústia interior ou alimentar a raiz da nossa felicidade.
Na sua essência, passa muito por saber ouvir. Não é por acaso (na minha opinião muito pessoal) que um excelente psicólogo não necessita de fazer perguntas aos seus pacientes. Porque saber ouvir, é quase o oposto de saber perguntar.
Boas férias
Há pessoas que sabem ouvir (ou simplesmente não sabem o que dizer), outras que anseiam por perguntar (ou não sabem esperar por ouvir). Amigos não são aqueles que concordam com tudo aquilo que são as nossas opiniões, convicções. Um amigo digno desse nome...sabe dizer os maiores disparates (que não são disparates) para quebrar o gelo ou simplesmente fazer sorrir, sabe contradizer, chamar-nos à razão e se necessário mandar-nos à merda por dois dias...mas está sempre sempre lá na nossa sombra a olhar para nós. E...se for preciso é o primeiro a dizer que já chega. Para tudo...gestos são "mais que mil palavras". Um amigo sabe gesticular, sem dúvida ;)
ResponderEliminarBeijO de QuEm TE AdoRa*
P.S. - Um psicólogo é o primeiro a saber ouvir, mas não só...a diferença está em fazer as perguntas certas da forma certa..e saber esperar por esse momento.
Desculpa. Infelizmente, não tem dado mais do que isto. Sei mais ou menos em que situação tens estado, mas pouco do que tens sentido no processo e não, não tenho estado de modo algum presente. Não és de todo uma pessoa fácil nem aberta e, apesar disso, a verdade é que ao longo dos anos me tenho habituado a pensar que se não dizes nada é porque das duas uma: ou estás bem, ou não estás bem mas não precisas de mim porque tens pessoas por perto a olhar por ti. Não quer dizer que não me preocupe, ou que não pergunte de tempos a tempos como estás, mas fico mais descansada. Vejo hoje que foi um erro de minha parte assumir que me farias chegar as palavras para eu ouvir, se precisasses de ser ouvida. E aí está outra competência fulcral na amizade: saber procurar. Já te procurei algumas vezes e entristece-me mais do que tudo saber que isso não é recíproco. *
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