Ora ora ora.. convido todos a ver esta surpresa. ihihihih Levou alguns dias a fazer, mas deu-me um gostinho especial. eheh Já vão perceber...
Sem ferir susceptibilidades, divirtam-se! E coMenTem!!
Quando não sei o que fazer
Pergunto-me porque não escrever,
Até mesmo quando tudo parece solto
Tão desapegado para que me consigam entender.
São quatro da manhã
Todos estão a adormecer
Porque é que dentro de mim
Tudo me diz que não é isso que quero fazer?
Há quem lhe chame dom
Mas a meu ver nunca poderá ser visto nesse tom…
Na verdade não rimo por querer
Mas se assim escrevo é apenas para me exprimir
Retoque do que estou a sentir
A viver.
Apaga-se a luz.
Em silêncio continuo a ouvir a minha voz
Citar excertos da minha alma.
É como se os visualizasse tão perfeitamente
Que sem querer
Os estou a escrever.
Posso expressar de mil formas diferentes
O mesmo sentimento
A mesma situação,
Mas tudo isso não são se não
Meras coincidências do coração.
Acredito que me fiquem a conhecer um pouco melhor
Apesar de serem muitas as facetas
Que já não escondo de um lado pior
Menor.
Com o passar dos anos
Apercebi-me que mais do que o direito
Tenho o dever e o defeito
De mostrar o meu lado negro
O princípio de cada segredo
Que aceito.
Não desmorono desilusões, mas evito
Não apago ilusões mas acredito
Que assim vivo melhor comigo.
Por isso
Cada um constrói de mim a imagem que quer
Apesar de tantas vezes as moldar tão bem,
A não ser quando escrevo
Ou me amarro demasiado a alguém.
Há quem lhe chama dom
Mas a meu ver nunca poderá ser visto nesse tom…
E se tanto quero saber
Tanto quero esconder.
E se tanto me dou ao escrever
Tão pouco é o tempo de ser.
Tempo que é tempo, só o tempo de viver.
Este já tem pelo menos uns dois aninhos ou perto disso. Basicamente foi escrito num momento de revolta contra todas aquelas opiniões de que as minhas rimas são tão calculistas como eu. Bem, confesso que naquela altura foi algo que me feriu, me injuriou. Sinceramente, se me disserem o mesmo agora, acho que me seria completamente insípido e sem qualquer efeito em mim.
Vá se lá perceber... contradições!
P.S. - Sei que já te disse pessoalmente, mas para mais pessoas confusas preciso referir. O texto anterior "presságios", não se referia à situação que mencionas-te. De qualquer forma não há problema nenhum. Acontece a qualquer pessoa fazer uma interpretação errada de determinada escrita, e foi mesmo o caso. Apesar de tudo serem caixinhas, cada uma leva o seu tempo a ser encaixada :) chuack chuak Menita@
Primeiramente, claro que gosto deste grupo e claro que é sempre óptimo ver videos de boas músicas (gostos não se discutem). Não obstante esse aspecto, para todas aquelas pessoas que já me conhecem consideravelmente bem, a razão porque o partilho remete para a letra. O texto simples da música transmite uma importante mensagem com sentido para mim, com a qual me identifico.
Não me alargo mais, as palavras, as frases, o sentido, falarão por si. Esta é dedicada a todas as pessoas que gostam muito que mim mas que por diversos factores (muitos por minha responsabilidade) não têm, não querem, não conseguem ou já não se sentem motivadas para o demonstrar.
Sim, não é ser pretensiosa, mas sei que algumas.. ok, muitas pessoas o sentem e gostam de mim. E na verdade eu sinto-me de igual forma. Não as esqueci. Não as apaguei. Não foi de modo algum com intencionalidade criar cada uma das situações (porque todas são únicas). Evidentemente, também não será nenhum feito para me redimir, desculpar ou acusar. Cada uma das pessoas saberá enquadrar-se nas minhas palavras. =)
Decorrem séculos de uma vez,
Morrem tentativas de dizer, de entender porquês.
Ficaram silêncios, pararam no tempo
Esperam por ser.
Sem palavras, sem termos,
Sem promessas, sem barreiras.
Quis exprimir, quis arrancar fora do peito
Quis definir a tristeza, chorar o sorriso imperfeito.
Pudera o dia não ter vozes, o coração não ter sombras
Pudera o tempo poder não o ser
Guardar-se em momento sem ninguém sequer sonhar
Sem ninguém o procurar.
Se soubesse como transmitir as verdades essenciais como se fossem meramente banais,
Quem me dera saber!
Quem me dera nem saber
De onde chegou o pequeno utopista
Aquele que me soube romper.
E enquanto houver horizontes por caminhar
Emancipada será a dor que sinto
Padecendo em cada ocasião, em cada em que minto,
E enquanto houver mil pontes pra lá chegar
Isenta de saudade não estarei, não ficarei
De cada pedaço meu que desabitei.
Querer abrigar, faz-me lembrar
Querer esquecer, põe todas as minhas feridas a arder.
Fere-me a imagem que destapo
E ver-me,
Solta toda uma vontade de me prender
Algemar, sucumbir.
Sem palavras, quis dizer o que eu própria silenciei.
Doces palavras, açucaradas que eu amarguei.
Não amei, não odiei
Mas odiei amar todo o meu ódio
Amei odiar o meu amor sóbrio.
Quis não querer mais o calor e a febre quando abracei a incerteza
Que nesse instante, deixou de ser tão certa.
Quis tentar arrecadar a sensação de um coração a palpitar
Que quieto se manifestou
E parou de soar.
Abalei a fugida, apanhei o m.e.d.o
Quis chamar-me à superfície sem me fazer notar …
Mas agora de ti só sei, tudo o que tento em vão não aprisionar.
Não me importo, de todo que me importo
As lutas que travo, das guerras recomeçadas,
Não me combato.
As lutas que travamos, as guerras recomeçadas contra cada uma de nós,
De todo que tento deter
Se na verdade não continuas a precisar de mim, de me ter.
Não pretendo que saibas, apesar de haver ainda uma parte em mim tão triste
Tão escura e silenciadora…
Sempre que me toca o pensamento, esforço-me para não a sentir
Quando me desola o olhar, não posso deixar de a reprimir
Torna-me impiedosa, faz-me constringir.
Esse pedaço que em mim reside, que me habita mesmo quando não o consigo ouvir,
Faz de mim um cais despercebido.
Nele vivem as lágrimas e os sorrisos sinceros
Nele atracam os meus sigilos austeros
Que por agora, é sabido…
Perderam sentido.
[31-Dez-2008]